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sexta-feira, 27 de setembro de 2013

REFLEXÃO DO EVANGELHO (Lucas 16,19-31)

26º domingo do tempo comum - Ano C 29/09/13

“Bendize, minha alma, e louva ao Senhor!” (Sl 145)

O juízo de Deus não é arbitrário. É a fidelidade de Deus a si mesmo, à palavra que ele deu aos homens. Deus nos ensina que a história é maior que o tempo presente, de onde deriva a necessidade de viver­mos com dimensões de eternidade.
Todos correram o perigo de deixar-nos dominar pelo dinheiro. O pecado em questão não é a riqueza, mas a indiferença para com o próximo e o esquecimento de Deus, decorrências da acumulação de dinheiro. O mundo capitalista fomenta em nós a ambição, a ava­reza, o poder, o orgulho de dominarmos pelo dinheiro.
O ideal cristão para este mundo é superar o abismo entre ricos e pobres. Este abismo não está alicerçado sobre um problema econô­mico, mas sobre o egoísmo. Esse é o maior abismo a superar. Nele se forma o abismo econômico. Pôr-se a serviço do dinheiro não dá outro resultado que, ao morrer, encontrar-se sem dinheiro e só con­sigo mesmo, na penosa tristeza da distância da comunhão com Deus. Este Evangelho consiste em severa admoestação a quantos buscam a felicidade nas riquezas e crêem que estas podem salvar-nos.
A eternidade é um dom. Aqui, na vida terrena, temos que viver a experiência deste dom, em duplo sentido: saber ver os bens como procedentes de Deus e saber dar aos mais necessitados os bens que recebemos.
A conclusão do Evangelho é para nos acordar: não basta co­nhecer Moisés e os profetas. É preciso viver o que se crê. A fé não provém da contemplação de nenhum prodígio sobrenatural - apa­recer alguém de entre os mortos para nos falar -, mas da aceitação humilde da revelação de Deus.
Há um pecado que é muito atual: a negação da eternidade, da ressurreição, da necessidade de Cristo para a nossa salvação. O indiferentismo religioso cresce, ao lado de um surto de espiritismo no Brasil. Todos são tendências de salvação sem Deus. Somos talvez nós os cinco irmãos do rico que não acreditamos? O que nos falta para crer e viver conforme nossa fé?
Hoje  somos chamados ao testemunho: a fidelidade na prática co­tidiana das virtudes em relação a Deus - fé, esperança, amor - e em relação ao próximo - caridade, justiça, paciência, atenção, deli­cadeza, cuidado. O essencial do cristianismo é o amor: quem ama, conhece a Deus. Afastar-se  de Deus é afastar-se de si mesmo. Não ver o pobre é não crer em Deus.

Deus abençoe a todos.
Diácono José da Silva

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