“Por
Jesus recebemos a graça da vocação para o apostolado,
a fim de trazermos à
obediência da fé, para a glória de seu nome,
todas as pessoas, entre as quais
também vós, chamados a
pertencer a Jesus Cristo” (cf. Rm 1,5-6).
Caríssimos irmãos e irmãs
da Igreja de Deus que se faz presente na Diocese de Jundiaí:
No período de 30 de abril a 9 de maio, a
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que reuniu mais de 350 Bispos
dos 18 Regionais do Brasil, realizou sua 52ª Assembleia Geral, em Aparecida
(SP). A abertura da Assembleia foi marcada pela ação de graças pelas
Canonizações de São João XXIII e São João Paulo II. O Cardeal Raymundo
Damasceno Assis, presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil), recordou que “as canonizações são um estímulo para nós, porque nos
oferecem modelos concretos de santidade e intercessores na comunhão do Corpo
Místico de Cristo, que é a Igreja”.
Entre os vários temas tratados nessa
Assembleia, o tema central foi, pela segunda vez consecutiva, a renovação da
paróquia. Foi discutido e aprovado o documento “Comunidade de comunidades: uma
nova paróquia. A conversão pastoral da paróquia”. O objetivo é animar as
paróquias de todo o Brasil a se comprometerem em um processo de renovação, para
que elas sejam organizadas em pequenas comunidades missionárias, onde se
aprofunde continuamente a experiência de sermos discípulos de Jesus Cristo, e
todos se tornem missionários de seu Evangelho. Para isso, foram feitas várias
propostas concretas, que serão estudadas em nossa Diocese, com a finalidade
encontramos os melhores modos de aplicá-las em nossas paróquias. Com relação a
este tema, o Papa Francisco pediu que a renovação das paróquias tenha o
seguinte objetivo: torná-las ainda mais próximas das pessoas, sendo lugares de
comunhão e participação e que estejam orientadas completamente para a missão
(cf. A Exortação Apostólica “Evangelii Gaudium”
sobre o anúncio do Evangelho no mundo atual, n. 28).
Já a questão agrária no Brasil e os cristãos
leigos e leigas foram os dois temas prioritários. Sobre a questão agrária
aprovou-se um documento intitulado “A Igreja e a questão agrária brasileira no
início do século 21”. Este documento apresenta o olhar dos Bispos do Brasil,
como pastores a serviço de Jesus, o Bom Pastor, diante de tantos clamores,
dilemas, contradições e desafios que vêm da questão da terra, tanto na cidade
como no campo. Certamente esse tema tem sérias implicações sociais em nossa
vida, principalmente na vida dos pobres e marginalizados.
Por sua vez, o documento: “Cristãos leigos e
leigas na Igreja e na sociedade. Sal da terra e luz do mundo (cf. Mt 5,13-14)”
traz o estudo e a reflexão a respeito dos leigos e leigas na Igreja no Brasil.
À luz dos 50 anos do Concílio Ecumênico Vaticano II, a Igreja no Brasil está
avaliando o caminho dos leigos e leigas, com a finalidade de apoiá-los para
avançarem no exercício de sua vocação e missão na Igreja e na sociedade
brasileira. O texto deste documento será enviado às Dioceses do Brasil para
reflexão e debate nas paróquias e comunidades, a fim de receber contribuições
dos leigos. No próximo ano, a temática volta a ser avaliada para possível
aprovação como documento oficial da CNBB sobre o laicato.
Foi também apresentado o projeto de reforma
política, chamado de: “Pensando o Brasil: Desafios diante das Eleições 2014”,
elaborado pelo movimento: “Coalizão pela Reforma Política Democrática e
Eleições Limpas”, que agrupa diversos movimentos sociais e associações, da qual
a CNBB faz parte. A finalidade do projeto é promover uma ampla reforma política
em vista da consolidação da democracia e da justiça social. Seus principais
objetivos são: a proibição de doações de recursos financeiros por empresas para
financiar campanhas eleitorais; a mudança no sistema de votação, o qual seria
feito em dois turnos: no primeiro, o eleitor votaria no programa do partido
político, em ideias e propostas e, no segundo turno, escolheria as pessoas que
irão colocar em prática o projeto político; a equiparação entre o número de
homens e mulheres no meio político, sendo que para cada candidato homem, teria
uma mulher; e a regulamentação do Artigo 14 da Constituição de 1988 que trata
da soberania popular exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e
secreto, com valor igual para todos. Para que o projeto seja recebido pelo
Congresso Nacional como iniciativa popular, a Coalizão deve colher mais de 1,5
milhão de assinaturas.
Outros assuntos também estiveram em pauta
como: a evangelização da juventude, campanha contra a fome, Copa do Mundo,
Liturgia, entre outros. Quanto às Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da
Igreja do Brasil, cuja validade expira no próximo ano, foi decidido que as
Diretrizes serão as mesmas, e serão atualizadas na Assembleia Geral da CNBB do
próximo ano à luz da Exortação Apostólica “Evangelii
Gaudium” sobre o anúncio do Evangelho no mundo atual.
Os trabalhos da 52ª Assembleia Geral da CNBB
transcorreram em clima de muita fraternidade, oração e partilha, deixando
testemunho da unidade e comunhão entre os Bispos do Brasil.
Caros irmãos e irmãs da Diocese de Jundiaí:
agora, após a 52a Assembleia Geral da CNBB, cabe a todos nós tomarmos
conhecimento dos documentos e estudos que foram publicados, para que nossa
caminhada como discípulos missionários de Jesus Cristo avance ainda mais, e a
evangelização seja cada vez mais efetiva na querida Diocese de Jundiaí. Assim
queremos tornar nossa Igreja Diocesana: “Casa da Iniciação à Vida Cristã”,
segundo o Plano Diocesano da Ação Evangelizadora.
E a todos abençoo.
Dom Vicente Costa
Fonte: dj.org.br
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